Histórico da Academia Cearense de Letras Jurídicas
Em 1978, sob a regência de Wanda Othon Sidou, a “guerreira das liberdades”, foi reunido um grupo de juristas com o fito de criar a Academia Cearense de Letras Jurídicas. Porém, por motivos que desconhecemos, este sodalício não prosperou, muito menos, teve sua personificação registrada formalmente, a informação registrada é de que a Academia naqueles idos de 78 se reuniu apenas três ou quatro vezes.
Em 2009, o advogado cearense Roberto Victor Pereira Ribeiro em dialogo com alguns juristas relata intenção de criar uma academia, desta vez com todas as formalidades necessárias. Entretanto, a ideia mais uma vez foi adormecida nos porões da consciência daqueles que tentaram.
Novamente a iniciativa é levada em um evento solene ao então presidente da Ordem Alencarina, advogado Valdetário Andrade Monteiro, e em setembro de 2011 o advogado Jose Damasceno Sampaio lidera novo grupo de juristas para o nascimento da ACLJUR – Academia Cearense de Letras Jurídicas, entidade social sem fins lucrativos e com o objetivo maior de fomentar a cultura jurídica do povo platicéfalo.
Regimentos aprovados e primeira diretoria eleita: José Damasceno Sampaio – Presidente (advogado); Ricardo Bacelar Paiva – 1º Vice-Presidente (advogado); Valdetário Andrade Monteiro – 2º Vice-Presidente (advogado); Roberto Victor Pereira Ribeiro – 1º Secretário (advogado); Emerson Castelo Branco – 2º Secretário (defensor público); Francisco Humberto Cunha Filho – 3º Secretário (advogado da União); Durval Aires Filho – 1º Tesoureiro (Desembargador); José Júlio da Ponte Neto – 2º Tesoureiro (advogado) e Cid Sabóia de Carvalho – Diretor Cultural (advogado).
A Academia teria sede no Edifício Paulo Bonavides, prédio que já abrigou o Instituto dos Advogados do Ceará, logradouro na Avenida Pontes Vieira 2680 – Dionísio Torres. CEP: 60130-241. Fortaleza – CE, primeira sede própria da OAB Ceará.
A Academia foi composta respeitando as bases mananciais da egrégia Academia Francesa.
São quarenta “cadeiras”, numeradas de um a quarenta, em sequência e sem grau diferenciador entre elas. São chamados de “imortais” nos moldes da retorica francesa por conta da inscrição “À l’immortalité” (“para a imortalidade”), que se encontra no selo oficial da Real Academia Francesa e que foi ofertado por Richelieu (Armand Jean du Plessis, Cardeal de Richelieu, Duque de Richelieu e de Fronsac (Paris, 9 de setembro de 1585 – Paris, 4 de dezembro de 1642)) aos primeiros acadêmicos. Cada imortal é escolhido por seus pares para ser membro – cargo que ocupa por toda a vida, ou até que haja a resignação. O sócio mais velho, por data de ingresso, é o “decano da academia”.
Novos membros são eleitos pelos próprios acadêmicos (os sócios originais foram designados). Quando uma cadeira fica vaga, aberto edital nos moldes do Regimento Interno e os candidatos informa ao Presidente que deseja tornar-se um candidato. Também os acadêmicos podem indicar candidatos – e estes somente serão considerados eleitos se obtiverem a maioria dos votos.
Uma vez eleito, o membro é um acadêmico por toda a vida.
Clóvis Beviláqua, patrono da Academia Cearense de Letras Jurídicas
O jurista Clóvis Beviláqua é patrono da Academia Cearense de Letras Jurídicas (ACLJUR). A escolha aconteceu durante a realização do I Colóquio Literário ACLJUR, na noite do dia 14 de agosto de 2014, no Teatro Nadir Papi Saboya, situado na Faculdade Farias Brito.
Na ocasião, os acadêmicos Humberto Cunha e Cid Carvalho fizeram a apresentação dos juristas José de Alencar e Clóvis Beviláqua, respectivamente, para que a plateia pudesse votar em um dos insignes juristas par o posto de patrono da Arcadia.
Em decisão final a plateia elegeu o jurista Clóvis Beviláqua como patrono da Academia Cearense de Letras Jurídicas.
Clóvis Beviláqua, nascido em 4 de outubro de 1859, em Viçosa do Ceará, Clóvis Beviláqua iniciou sua carreira na magistratura em 1883, ao ser nomeado promotor público de Alcântara, no Maranhão. Paralelo à sua trajetória jurídica, dedicou-se ao jornalismo. O grande marco na sua vida profissional foi a missão, que lhe foi atribuída pelo presidente Epitácio Pessoa, em 1899, de elaborar o anteprojeto do Código Civil Brasileiro, concluído em outubro do ano seguinte. Depois de dezesseis anos de discussões, em 1º de janeiro de 1916, o seu anteprojeto originou o Código Civil Brasileiro.
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Acadêmicos e seus respectivos patronos:
Cadeira | Acadêmico | Patrono |
01
02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 |
José Damasceno Sampaio
Roberto Victor Pereira Ribeiro Antonino Fontenele de Carvalho Francisco Clayton Pessoa Q. Marinho Jorge Hélio Chaves de Oliveira Francisco Humberto Cunha Filho Maria do Socorro P. França Pinto Martônio Mont’Alverne Barreto Lima Francisco Gerson Marques de Lima Glauco Barreira Magalhães Filho |
Clóvis Beviláqua
Quintino Cunha Joaquim Pimenta Barão de Sobral Gustavo Barroso Raimundo Girão José de Albuquerque Rocha Edgar de Arruda Valmir Pontes Dolor Barreira Antônio Marques Cavalcante Willys Santiago Guerra Miramar da Ponte Tristão de Alencar Tomás Pompeu de Sousa José Maria Othon Sidou Clodoaldo Pinto Paulo Sarasate Péricles Ribeiro Auri Moura Costa Fran Martins Wanda Othon Sidou Evaldo Ponte Castelo de Castro Waldemar Falcão Mardônio Botelho Justiniano de Serpa José de Alencar Carlos Antônio Costa e Silva Luiz Cruz de Vasconcelos Jáder de Carvalho Olavo Oliveira José Martins Rodrigues Raimundo Lustosa Cabral Farias Brito Matos Peixoto Plácido Castelo Pe. Ibiapina Manoel Lourenço dos Santos Alcântara Nogueira |
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